quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

PASTEL DE FEIRA TEM SEU VALOR

Quem não gosta de um bom Pastel de feira???



Nossa que baita saudades do Pastel das feiras de São Paulo, é uma pena que aqui no Rio de Janeiro ainda não encontrei um Pastel de feira que faz jus aos que encontramos em São Paulo. QUEM SOUBER DE ALGUM BOM PASTEL AQUI NO RIO ME AVISE.

Recentemente estive na Capital Paulistana e não resisti a esta iguaria tão consumida nas feiras. O pastel é um snack tipicamente brasileiro, sendo derivado do tradicional "rolinho primavera", da culinária chinesa.


Sua introdução se deu através daqueles imigrantes, que tiveram de adaptar-se às matérias-primas disponíveis no Brasil. Contudo, sua popularização na cultura do brasileiro, veio através das mãos dos imigrantes japoneses que, por ocasião da II Guerra Mundial, vieram a abrir diversas pastelarias no intuito de se passarem por imigrantes chineses, livrando-se dessa forma, da discriminação que havia na época, contra a aliança entre alemães/italianos/japoneses.


Os princípios de manipulação e processamento de alimentos da culinária japonesa, foram introduzidos nas pastelarias que, ao final, tornou-se um grande negócio dentro da colônia, ao mesmo tempo em que os pastéis ganhavam o gosto popular, por serem produtos saborosos, de rápido consumo e principalmente baratos.

Mas o verdadeiro pastel de feira é o pastel de feira da periferia. Para comer um pastel de feira da periferia existe todo um ritual: há a necessidade, quase que uma obrigação, de ir acompanhado da “patroa”, entenda-se como esposa, companheira, amante ou mesmo a namorada. Mas tem que ir acompanhado ou acompanhada, para que o prazer da degustação seja a dois.

Pode-se comer o pastel de feira logo quando se chega à feira ou ao terminar as compras, geralmente sempre pechinchando em outras bancas que é pra comer sempre mais um.

Pede-se licença, estaciona-se o carrinho de feira próximo à banca, que dependendo da hora já deve estar lotada de carrinhos. Se der muita sorte pode sentar num dos banquinhos , que são reservados para os velhinhos e velhinhas, mas depois do meio-dia a chances são bem remotas de encontrar algum vazio.


Dependendo da periferia, o pessoal está todo uniformizado e consta até o nome da banca. E lá no fundo está um homem com os olhos puxadinhos, denunciando que é oriundo do Oriente, sempre sorridente e jamais desgrudando da escumadeira, sempre apontando aqui e alí para anunciar um freguês mais faminto e/ou apressado.


Em todas as feiras da periferia existem uma ou mais bancas de caldo de cana, a gostosa garapa, que geralmente fica ao lado da banca de pastel. Acredito que deva existir até uma parceria entre as duas bancas, mas até agora ninguém provou isso, então deixamos pra lá e vamos pedir os pastéis.


Entre várias pessoas, ergue-se o dedo indicador e pede-se com um rosto aflito e olha que as vezes é preciso brigar para ser atendido: Um pastel de carne e um de frango com catupiri!


Geralmente enquanto o Oriental frita os pastéis pede-se a garapa, que invariavelmente o dono pergunta se quer com limão ao abacaxi e eu prefiro o puro. O barulho do motor é ensurdecedor, mas o caldo é delicioso.


Quando os pastéis estão fritos jamais esquecer de colocar aquele tradicional vinagrete que pela sua aparência denota um sabor indiscutível e uma fatia de limão acompanha muito bem se for de carne o pastel.


Eu particularmente adoro pedir o pastel especial, é aquele mesmo !!!, que vem de tudo um pouco e mais um pouco ainda, por este eu me derreto todo.


Pastéis comidos e garapas bebidas, pede-se para embrulhar mais alguns pra ir comendo, ou levar para aqueles chatos que ficaram em cassa por que tem preguiça de ir a feira, ou enquanto a “patroa” (ou melhor vai pra casa da sogra, só assim ambos não tem trabalho) prepara o almoço de sábado ou domingo, que geralmente são mais demorados. Pode-se também levar a massa do pastel pra fazer alguns para serem comidos com uma boa cerveja gelada à noite.


Saciado, cheio e feliz paga-se e despede-se prometendo voltar na semana seguinte. Novamente pede-se licença para tirar o carrinho de feira e retorna-se para casa empurrando ou puxando o carrinho abarrotado de frutas e hortaliças dependuradas por toda a parte e tomando o maior cuidado para não amassar a “massinha”. Então é só aguardar mais uma semana para comer os tão deliciosos pastéis de feira da periferia.


Para você ver que a coisa é bem séria a Secretaria de Coordenação de Subprefeituras de São Paulo determinou que os feirantes que vendem pastéis, doces caseiros, lanches rápidos e comidas típicas como yakissoba, tapioca e pamonha informem sobre a procedência da massa utilizada nos produtos. Os dados serão passados à Supervisão de Abastecimento (Abast), que irá monitorar a fabricação das massas.


A partir de agora, quando o feirante iniciar a renovação da sua matrícula, o que ocorre mensalmente, ele terá de informar o endereço onde a massa dos produtos é produzida, além de fornecer informações sobre o local onde é feita a manipulação, acondicionamento e armazenamento do produto. Os técnicos da secretaria realizarão vistorias nos locais antes da emissão da nova licença.


Os feirantes terão até março de 2011 para que todas as adequações possam ser feitas. Para quem fabrica a própria massa, a secretaria irá oferecer o "Curso de Boas Práticas de Manipulação de Alimentos para Feiras Livres", que ensinará praticas de higiene, limpeza e conservação, sem comprometer a qualidade dos pastéis.

Em São Paulo existe todo ano um concurso onde se elege “O Melhor Pastel de Feira da Cidade”  e rende um prêmio de R$ 8.000 ao primeiro colocado, R$ 2.000 ao segundo e R$ 1.000 ao terceiro. Além disso, os melhores pastéis de cada região de São Paulo recebem um certificado de participação.



Tudo isto pra você ver que comer Pastel de feira em São Paulo é coisa séria.

2 comentários:

bu LEANDRO ARAUJO disse...

POW , NÃO ESQUEÇE DE QUANDO VIR ME VISITAR DENOVO , EU TE LEVAR PRA COMER ( DEGUSTAR ...RS... ) O PASTEL DO ODAIR , NÓS NÃO PRECISAMOS ...ESPERAR ATÉ O DIA DE FEIRA ...HEHEHHEHEEHEH .....É UMA DELICIA E A GARAPA ELE MESMO QUE FAZ .....SÓ QUE ENGORDA PRA CARAMBA . . . AH , JA IA ESQUECENDO DE COMENTAR O SABOR ...O DE CARNE SECA COM QUEIJO E O CARNE COM QUEIJO É UMA DELICIA ... MAIS SÓ COMO A METADE ...AHAHAHHAHAHAHAH ...UM BEIJÃO E ADORAMOS A ESTADIA DA LULU AQUI EM CASA ...

bu CHEFE MÁRCIO MOREIRA disse...

Hummm por que vc não disse antes , e não me levou´, a próxima estadia vai ser a minha só que vou ficar beeeemmmmmmm mais tempo.. rsrsrsrs
abs e muito obrigado , esperamos vcs na semana do dia 20 de janeiro

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