sábado, 5 de fevereiro de 2011

ORGÂNICOS - OPÇÃO DE VIDA OU MODISMO??? - 1º PARTE


Consumir produtos naturais e alimentos livres de agrotóxicos é uma opção das pessoas que buscam um estilo de vida mais saudável.

Mas como distinguir o verdadeiro produto orgânico, com algum certificado??? Ou apenas escutando alguém dizendo que o produto na feira é orgânico ??? Por que o Orgânico é ainda mais caro???? E se ele é benéfico a saúde por que o governo não faz algo a favor para que ele fique viável ao bolso dos consumidores???


Tenho certeza de que muitas das perguntas acima todos tem a resposta, porém cabe esclarecer algumas dúvidas que ainda pairam no ar.


Este tema é de extrema relevância e seria injusto deixar de passar algumas informações, portanto dividirei este post em 3 partes para assim você poder entender sem cansar sobre este assunto.



Adicionar legenda
 Saiba que todo alimento orgânico é muito mais que um produto sem agrotóxicos. É o resultado de um sistema de produção agrícola que busca manejar de forma equilibrada o solo e demais recursos naturais (água, plantas, animais, insetos, etc.), conservando-os a longo prazo e mantendo a harmonia desses elementos entre si e com os seres humanos.


Deste modo, para se obter um alimento verdadeiramente orgânico, é necessário administrar conhecimentos de diversas ciências (agronomia, ecologia, sociologia, economia, entre outras) para que o agricultor, através de um trabalho harmonizado com a natureza, possa ofertar ao consumidor alimentos que promovam não apenas a saúde deste último, mas também do planeta como um todo.


Os produtos orgânicos chegaram para ficar e, apesar dos preços maiores do que o produto convencional, a produção e o consumo vem aumentando no Brasil, o que levará a preços melhores.


Entretanto, o que é mesmo um produto orgânico? Como diferenciar do convencional se até o preço mais elevado não chega a ser um critério tão confiável assim, pois, fraude não chega a ser uma novidade? Para orientar e esclarecer aos consumidores o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento criou uma cartilha – ilustrada por Ziraldo – "O OLHO DO CONSUMIDOR".


O seu lançamento serviria tambem para lançar o “Selo do SISORG” (Sistema de Avaliação de Conformidade Orgânica) que, infelizmente não chegou a ser distribuida por força de uma liminar que favoreceu a Monsanto, empresa norte-americana maior fabricante de produtos – alimentos –transgênicos e pesticidas ou defensivos agrícolas venenosos ao solo, aos alimentos, a saúde e a vida.


Mas, se quiser conhecer e se orientar, a cartilha está disponível para download, é só clicar no link: "O OLHO DO CONSUMIDOR". Vale à pena dar uma olhada!


Alimentos orgânicos são produzidos de acordo com certos padrões. Para a agricultura alimentos orgânicos significam que os produtos foram cultivados sem uso de pesticidas convencionais, fertilizantes artificiais ou dejetos humanos, além de serem processados sem radiação ionizadora ou aditivos.


A pergunta que o consumidor deveria fazer é "os alimentos orgânicos são significativamente melhores para compensar seu preço mais elevado?". Essa é uma área controversa, sem resposta conclusiva. As vantagens básicas dos alimentos orgânicos são: não toxidade, melhores para o meio-ambiente, melhor sabor e sem modificação genética. A produção, venda e consumo de alimentos orgânicos refletem tanto o preocupação com o meio-ambiente, quanto com a saúde humana.


Um estudo de 2001, feito por pesquisadores na Washington State University com um painel de degustadores, concluiu que as maçãs orgânicas são mais doces e têm melhor textura do as convencionais. Essas diferenças são atribuídas à melhor qualidade do solo resultante das técnicas orgânicas. Por outro lado, alimentos orgânicos geralmente custam de 10 a 40% mais do que os similares produzidos convencionalmente.


O preço dos produtos orgânicos tende a ser maior que o dos convencionais. No Brasil, por exemplo, os produtos orgânicos são, em média, 40% mais caros que os convencionais. Já o trigo chega a custar 200% a mais e o açúcar, 170%. De acordo com o site da Food and Agriculture Organization(em inglês) (FAO- organização de comida e agricultura) das Nações Unidas (ONU), isto ocorre porque:


• o fornecimento da comida orgânica é limitado se comparado à sua demanda;


• os custos da produção dos alimentos orgânicas, normalmente, são maiores devido ao grande trabalho exigido e ao fato de que os fazendeiros não produzem o bastante, de um único produto, para baixar seu custo de forma abrangente;


• o manuseio do período pós-colheita de quantidades relativamente pequenas resulta em altos custos, porque as produções orgânica e convencional precisam ser separadas para serem processadas e transportadas;


• o mercado e a cadeia de distribuição dos produtos orgânicos são relativamente ineficazes e os custos são maiores, devido aos volumes relativamente baixos.




A FAO também observa que os preços da comida orgânica incluem não só o custo da produção, mas também uma escala de outros fatores que não existem no preço da comida convencional, como:


• melhoria e proteção ambiental e o fato de evitar futuras despesas com o controle da poluição;


• padrões melhores de bem-estar dos animais;


• prevenção de riscos contra a saúde dos fazendeiros devido ao manuseio inadequado de pesticidas, evitando futuras despesas médicas;


• desenvolvimento rural, gerando mais empregos nas fazendas e garantindo um rendimento justo e suficiente para os produtores.


A FAO acredita que, conforme a demanda da comida e produtos orgânicos crescer, inovações tecnológicas e economia de escala reduzirão os custos da produção, processamento, distribuição e comercialização dos produtos orgânicos.


Continua........

 
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