quinta-feira, 11 de novembro de 2010

CUCA ALEMÃ - CULINÁRIA DA REGIÃO SUL

REGIÃO SUL



A região sul, é formada pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e possui grande influência européia (principalmente italiana e alemã).


À exceção do norte do Paraná , onde predomina o clima tropical, no restante da Região Sul o clima predominante é o subtropical, responsável pelas temperaturas mais baixas do Brasil. Na região central do Paraná e no planalto serrano de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, o inverno costuma registrar temperaturas abaixo de zero, com o surgimento de geada e até de neve em alguns municípios. A vegetação acompanha essa variação da temperatura: nos locais mais frios predominam as matas de araucária (pinhais) e nos pampas, os campos de gramíneas. Esse tipo de clima despertou a atenção dos imigrantes europeus, que contribuíram para o desenvolvimento da região no século XX. Grandes levas de famílias, provenientes em sua imensa maioria da Itália e da Alemanha, começam a cruzar o Atlântico no fim do século XIX. Ainda hoje, algumas cidades do Sul, celebram as tradições dos antepassados em festas típicas, como a Oktoberfest, em Blumenau (SC) e a Festa da Uva, em Caxias do Sul (RS), que atraem muitos turistas. Durante o verão, as praias catarinenses e paranaenses também são procuradas por visitantes de outros cantos do Brasil e até de entrangeiros, na maioria sul-americanos.


A Culinária do Sul do País


A culinária do Sul do Brasil, como a cozinha brasileira como um todo, é fortemente marcada pela junção de elementos dos primeiros habitantes indígenas, dos colonizadores europeus e africanos trazidos como escravos. Porém elementos próprios da região diferenciam a forma de comer sulina do restante do Brasil, principalmente devido ao grande número de imigrantes que a região recebeu ao longo dos séculos XIX e do XX, que trouxeram consigo um grande número de pratos típicos de suas terras de origem.


É marcante na região o consumo do churrasco (carne bovina assada em espetos), o chimarrão (bebida quente feita com as folhas e talos tostados da erva-mate, tomada em cuias de cabaça e canudos com filtros metálicos, as "bombas"), o pinhão (semente do pinheiro-do-paraná), bem como os pratos típicos dos imigrantes, principalmente italianos e alemães no Rio Grande do Sul e Santa Catarina e polacos e ucranianos no Paraná.






No estado do Paraná, principalmente nas cidades litorâneas de Antonina, Morretes, Paranaguá, Guaraqueçaba e Guaratuba é preparado o barreado há cerca de 200 anos. O barreado consiste num caldo de carne, toucinho e temperos. O nome vem do fato de "barrear" a panela, ou seja, fechá-la com um pirão de cinza ou farinha de mandioca, para conter o vapor durante o cozimento. No interior os peixes de água doce, como dourados, lambaris, pescadas e traíras são muito apreciados. Na região sul do estado, é tradicional o "carneiro no buraco", um cozido de carneiro com legumes e frutas é preparado num buraco na terra, com cerca de um metro e meio de profundidade onde queima-se uma quantidade de lenha e coloca-se um tacho de ferro com os ingredientes. Então tampa-se o buraco com tábuas e folhas de bananeira e o preparo dura mais de 5 horas. Arroz, almeirão e pirão completam o prato.






Em Santa Catarina é grande o consumo de peixes e frutos do mar, por conta do litoral de grande extensão. Peixes como o linguado, badejo, tainha, garoupa, namorado, cação, robalo e anchova e frutos do mar, como camarão, lagosta, marisco, ostra, lula e lagostim são constantes na alimentação da faixa litorânea catarinense. No interior, destacam-se os pratos típicos alemães e a grande produção de embutidos, como linguiças, salames e copas no oeste do estado. Na região de Blumenau existem diversas microcervejarias.






No Rio Grande do Sul, grande produtor de carne bovina, o destaque é o churrasco. O arroz de carreteiro, que é feito com charque (carne de origem bovina, salgada e seca), era preparado durante as caravanas levando gado para o resto do país há mais de dois séculos. O quibebe (pirão de abóbora), puchero (sopa de vegetais e carne bovina), rabada (preparado de rabo de boi, temperos verdes, tomates, pimentões, vinagre e limão). Os imigrantes italianos, principalmente na serra acrescentaram o galeto, a polenta, vinho, laticínios e pães à culinária sul-riograndense






CUCA ALEMÃ COM FRUTAS VERMELHAS


De origem alemã, esse bolo-pão com cobertura doce é muito apreciado no Sul do Brasil, onde recebe a alcunha de cuca (ao que tudo indica, uma corruptela de ‘kuchen’)


Ingredientes

300 g de açúcar refinado

90 g de manteiga

6 gemas

1 pitada de sal

450 g de farinha de trigo

24 g de fermento em pó químico

300 ml de leite

6 claras


Recheio
150 ml de leite de coco

100 g de açúcar de confeiteiro

200 g de frutas vermelhas (morango, framboesa ou amora)


Farofa
60 g de manteiga

200 g de açúcar refinado

100 g de farinha de trigo



Modo de Preparo

1º- Numa batedeira bata o açúcar com a manteiga até obter um creme esbranquiçado, junte as gemas uma a uma e coloque uma pitada de sal, a farinha de trigo, o fermento em pó e o leite até obter uma mistura homogênea. Bata na batedeira as claras em neve e agregue delicadamente a massa.


2º- Aqueça o leite de coco com o açúcar por 3 minutos e deixe esfriar.


3º - Numa tigela misture com as mãos a manteiga, a farinha de trigo e o açúcar, até obter uma farofa úmida.



4º - Distribua metade da massa numa assadeira untada e enfarinhada e regue com o leite de coco e metade das frutas vermelhas, complete com a outra metade da massa e cubra com o restante das frutas vermelhas e cubra com a farofa úmida.Leve para assar em forno pré-aquecido a 180ºC por 40 minutos.


RENDIMENTO: 8 Porções


Esta receita ainda é consumida ainda hoje nos lares de Marechal Cândido Rondon, sendo que as receitas são transmitidas de mãe para filha. Comumente é consumida em festas com churrasco ou em casa acompanhada de lingüiça. Sua popularidade também é mantida através do tradicional baile da cuca e da lingüiça. É feita em diversos formatos e com diferentes recheios, como uva, groselha, creme de chocolate, coco, doce de leite, amendoim, frutas cristalizadas e também sem recheio, só com a farofa como cobertura. Estas variações estimulam uma pequena disputa em se produzir a cuca mais saborosa.


11 comentários:

bu Báh disse...

essa pesquisa me ajudou muito com o meu trabalho
alem de cuca na região do sul também é muito popular o churrasco e o chimarrão

bu adriana disse...

como é que vou saber que isso não é mintira

bu LeTrolladores Masters disse...

Adriana Se Tu Fosse Um Pouco Mais Inteligente Saberia Que Tudo É verdade Porque Se Você For Do Sul Deve Saber Muito Bem Que Grande Parte Da População É Descendente De Alemães E Holandeses

bu Unknown disse...

Eu moro na região sul e é tudo vdd

bu lol disse...

É tudo verdade. A região sul foi colonizada, principalmente, por alemães e italianos. Uma correção Adriana: escreve-se mEntira , nunca mIntira.... rsrsrs




bu Lucélia Schirrmann disse...

Imigração voltada para a colonização[editar]
A imigração alemã no Brasil foi, inicialmente, uma iniciativa de colonização e povoamento. Este projeto foi arquitetado pelo Rei D. João VI e, posteriormente, pelo imperador D. Pedro I. A colonização continuou a ser efetuada pelo imperador D. Pedro II, durante o Segundo Reinado.
A concentração da colonização alemã no Sul do Brasil possui uma explicação: grande parte da região estava despovoada e as fronteiras com as ex-colônias espanholas ainda não estavam bem-definidas. Em conseqüência, a falta de povoadores na região poderia culminar numa fácil invasão estrangeira. Com a Independência do Brasil, a imigração portuguesa declinou por um certo tempo. O governo brasileiro se viu obrigado a procurar novas fontes de imigrantes: vieram alguns suíços, porém foram os alemães aqueles que ficaram incubidos de colonizar o Sul do País.7

http://pt.wikipedia.org/wiki/Imigra%C3%A7%C3%A3o_alem%C3%A3_no_Brasil

Lucélia Schirrmann

bu Unknown disse...

GOSTEI MUITO DESSE PUBLICAÇÃO.JÉSSICA.

bu mc-consul@hotmail.com disse...

Mas eu queria uma receita de cuca alemã com fermento biológico seco instantâneo, por favor.

bu blogdopadilha-padilha disse...

qual a diferença entre a cuca alemã da cuca italiana?

bu Ortsnamenblog disse...

A palavra cuca não é tradução em português do nome alemão Kuchen e tão pouco este nome alemão é retroversão do termo do português cuca. Senão, vejamos, a palavra cuca não é uma CORRUPTELA da palavra alemã Kuchen, porque o grupo consonântico ch representa um som gutural, que é pronunciado mais ou menos como o j da palavra espanhola trabajo; obtêm-se o som do fonema j em espanhol produzindo uma aspiração forte e áspera com a ponta da língua apoiada na gengiva dos dentes incisivos inferiores. O grupo consonântico ch em alemão só tem esta pronúncia, quando está imediatamente depois de a, o, u, au. O gupo consonântico ch com esta pronúncia representa um som que é designado em alemão Ach-Laut. Este mesmo grupo consonântico ch só se pronuncia como k, quando seguido de s ou ainda em certas palavras de origem grega, como por exemplo, Fuchs [fuks] (raposa); Christ [krist], cristão. Desse modo é impossível que a desinência -en da palavra alemã Kuchen pudesse transformar-se alguma vez por metafonia num a, e simultaneamente o grupo consonântico ch obter o som de k, depois da vogal u dentro da palavra Kuchen, em alemão, portanto jamais Kuchen poderia transformar-se em cuca [k’ukə]. Pelas mesmas razões, esta transformação também é impossível de ocorrer no dialecto alemão Hunsrückisch falado predominantemente entre os imigrantes que se fixaram em algumas regiões dos estados brasileiros de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Espírito Santo, visto que o Streuselkuchen tem o nome Riwwel na região da Alemanha onde se fala o dialecto Hunsrückisch.

bu Ortsnamenblog disse...

Continuação do comentário anterior.
A origem do nome cuca (bolo).
O vocábulo cuca tem sido usado de modo impróprio em certos estados do Sul do Brasil como se tratasse de um sinónimo derivado do vocábulo alemão Streuselkuchen com o qual nada tem a ver.
Antes de tudo deve ser dito aqui que o vocábulo cuca é claramente um aportuguesamento fonético do nome inglês cooker [k’ukə], cuja tradução em portugês diz respeito a um tipo de fogão, que se vê na figura C8 do dicionário ilustrado Michaelis (edição Melhoramentos São Paulo 1992), vol. 1 inglês-português. Entende-se disso que a palavra cuca resulta de um processo de adaptação linguística que a torna impossível de ter tido origem no segundo elemento -kuchen [ku:xǝn] da palavra alemã Streuselkuchen [ʃtrɔyzəl_ku:xǝn]. Para comprovar essa impossibilidade está o próprio nome Streuselkuchen que nunca foi até hoje aportuguesado e muito menos traduzido. Enquanto o vocábulo inglês cooker [k’ukə] sempre foi traduzível em português e significava um fogão que funcionava a carvão (coal cooker). Este fogão a carvão (cool cooker) foi importado da Inglaterra desde o Século XIX até ao primeiro quartel do Século XX, surgindo daí o aportuguesamento cuca derivado do nome em inglês cooker [k’ukə] e os seus modelos mais antigos tivessem sido construídos quase inteiramente em ferro fundido, embora os mais recentes não o fossem.
A mesma forma vocabular cuca adaptada ao português a partir do nome inglês cooker [k’ukə] também se introduziu no léxico dos brasileiros para formar a locução: mestre cuca (master cooker). Esta locução no Século XIX designava o forneiro que se ocupava do compartimento existente no fogão (cuca = cooker), onde se coziam ou assavam quaisquer iguarias. Este tipo de fogão (cooker) equipava então a cozinha de muitos restaurantes em todo o Brasil. Assim, a locução “mestre cuca” com o passar do tempo, começou a perder o sentido de funções exclusivas de um forneiro e tomou por redundância o mesmo sentido que cozinheiro.
O bolo designado cuca ou cuque tomou esse nome aportuguesado do nome em inglês do fogão onde era cozido ou assado devido este bolo ser um bolo de tabuleiro, entre os quais também se inclui o Streuselkuchen. Os alemães e seus descendentes radicados no Sul do Brasil deram o nome cuca não só ao Streuselkuchen, mas a todos os bolos de tabuleiro em chapa (Blechkuchen) mesmo àqueles que não levam na cobertura o esmigalhamento do Streusel (crumble).
Como se sabe, o bolo de tabuleiro (Blechkuchen) não é um bolo cozido ou assado em forma, mas no próprio tabuleiro em chapa do compartimento que faz parte do fogão (cuca = cooker), onde a massa de bolo é estendida e seguidamente cozida ou assada.
Considerando este uso sui generis já tem sentido chamá-lo bolo de cuca ou simplesmente cuca, porque o uso dessa palavra significa um bolo cozido ou assado directamente no tabuleiro de chapa do fogão a carvão que se designava no Século XIX de forma muito popular pelo seu nome brasileiro cuca adaptado por aportuguesamento do nome inglês cooker [k’ukə].
Os alemães e seus descendentes radicados no Sul do Brasil, tal como sabem por tradição familiar fazer o bolo chamado Streuselkuchen, também sabem pronunciar o nome do bolo em alemão, logo não precisam e nem precisavam construir por aportuguesamento uma CORRUPTELA disparatada como cuca a partir do nome em alemão Kuchen [ku:xǝn] e menos ainda Streuselkuchen [ʃtrɔyzəl_ku:xǝn].

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