segunda-feira, 25 de outubro de 2010

PICADINHO ULTRA-MEGA-SUPER ESPECIAL DA CARMEM EMÍLIA

O que pode ter num picadinho de tão especial?


O picadinho é um clássico da boemia carioca da década de 50. Sua fama extrapolou a divisa entre Rio de Janeiro e São Paulo e hoje é presença marcante nos dois estados. Consta como prato executivo tanto no cardápio de restaurantes populares, quanto no das casas mais gourmets.



O prato inicialmente era servido nos bares da madrugada para aplacar a fome de quem varava a noite. E acabou chegando na charmosa Boate Meia Noite, do Hotel Copacabana Palace, onde tornou-se celebridade. Na época, metade do século XX, essa casa noturna recebia as mais diversas celebridades nacionais e internacionais como Edith Piaf, Nat King Cole, Tony Bennett, Louis Armstrong e Marlene Dietrich.


Na capital paulista, o picadinho também passou pelos bares e lanchonetes da boemia, como o tradicional Ponto Chic, tão conhecido pelo sanduíche bauru.De tão apreciado, o picadinho acabou entrando para o apetitoso menu dos pratos executivos, saciando a fome também dos trabalhadores de todas as classes.

O hábito de ter dias marcados para cada prato no almoço dos restaurantes de São Paulo, existe desde a década de 1930. Na época, a cidade estava crescendo e as pessoas não tinham mais tempo de almoçar em casa. Assim, acabavam comendo nos botecos, que para facilitar a vida, passaram a servir um prato a cada dia da semana.


Segunda, por exemplo, é dia de picadinho de filé mignon ou de virado à paulista; terça, dobradinha ou pastéis com arroz, feijão, couve e farofa; quarta, feijoada; quinta, macarrão com frango, rabada com polenta ou ainda carne-de-sol desfiada; sexta, pescada ou bacalhau. No sábado, o direito a repetir a feijoada. E no domingo, macarronada ou lasanha, influência da imigração italiana.


Essa tradição informal está presente em quase todos os pequenos e médios restaurantes e, às vezes, até nos mais sofisticados.


Este picadinho se torna especial por que é feito por uma jovem senhora que conheci numa determinada degustação de cachaça. E ontem, numa tarde maravilhosa acompanhado de pessoas agradáveis,  participei de um almoço regado a boas gargalhadas, cultura gastronômica, e muito, mas muito amor mesmo.


Estou falando do Picadinho da Carmem Emília, que por sua vez não me pareceu a primeira vista que gostava de cozinhar (Desculpe-me Carmem, mas não parece mesmo, você é muito chique!).


Carmen Emília Xavier Nunes, nascida em Goiânia, filha do advogado e deputado Lincoln Xavier Nunes e da educadora e escritora Maria Carmen Xavier Nunes.

Palavras de Carmem Emília:
"Fui criada na cidade de Anápolis onde passei toda infância colorida, pelos quintais, fazendas e jardins da família com meus irmãos, irmã, amigos, tios, tias, primos e primas. E um pedacinho de céu que era a casa da mãe Hilda (minha avó) e da avó Tina (minha bisavó) e do avô Divino, um homem lindo e elegante.(Ela fez questão de ressaltar!)


Os meus finais de semana, quando ia de charrete para este paraíso, eram recheados de brincadeiras de casinha, cozinhadinho, feito no meu fogão à lenha, e costurinhas, pois lá eram confeccionados os vestidos novos das minhas bonecas. Minha Bisavó com suas mãozinhas de fada me ensinou muito cedo toda arte que suas mãos produziam. Com 11 anos eu fazia os meus vestidos novos para ir à missa aos domingos.


Recebi a graça de ter pais que me deram além de muito amor, a oportunidade de estudar em boas escolas, aprender a tocar piano, aprender inglês e fazer um curso de desenho e pintura na Escola de Arte da Fundação Educacional e Cultural de Anápolis, caprichosamente fundada pela minha mãe, onde o professor pintor Osvaldo Verano formado pela Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, orientou-me nos primeiros traços e pinceladas.


Comecei a fazer aos 12 anos micro pintura em pecinhas e contas, e montava colares, pulseiras e brincos.


Tinha no quintal de casa um lindo viveiro de plantas com todo tipo de plantas, desde que florissem.


A minha adolescência cor de rosa também, passei em Anápolis onde me casei e recebi meu maior presente, meu filho Eduardo. E o curso da minha vida mudou e eu vim para o Rio. Aos pés do Cristo que esculpiu com maestria esta Cidade Maravilhosa que eu amo, estou há 25 anos ainda desenhando jóias, pintando, bordando, costurando... transformando, reciclando e restaurando... Ao longo dos anos ouvi elogios aos meus trabalhos sempre associados a um Dom. Que Dom que você tem para criar, realizar e fazer.


Os Dons são presente de Deus, do meu querido Cristo Redentor há 25 anos de braços abertos para mim.


E quando Nossa Senhora da medalha milagrosa, minha companheira de todas as horas, conduziu o Espírito Santo para a minha casa eu o acomodei em um oratório, com toda arte que acumulei em anos e, uma inspiração Celestial.


Assim nasceu Santo Dom, a minha arte evangelizadora de levar aos lares um lembrete de amor e fé,
através do meus oratórios."

Feliz e com um altíssimo astral, assim defino esta mulher, que com um belo sorriso recebe seus amigos em casa.
Carmem, estou esperando a receita para postar no blog,
 mas ainda estou duvidando que foi você quem fez a receita, acho que as moiçolas aí do lado é que fizeram, hum! Acho melhor me convidar de novo!

 
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