quarta-feira, 29 de setembro de 2010

VOCÊ JÁ COMEU UM BAUMKUCHEN????





Não se assuste se alguém te fizer esta pergunta.







BAUMKUCHEN




Eu também nunca comi um Baumkuchen, até porque não é costume do nosso povo Brasileiro e fiquei realmente intrigado quando li sobre esta receita.


A criatividade de um cozinheiro não tem limites.










Pois bem essa especialidade dos padeiros alemães já existe há mais de 200 anos. É uma referência às camadas de anéis dourados que ficam aparentes quando o bolo é cortado, não muito diferentes dos anéis desenhados em um tronco de árvore. Por isso a tradução é BOLO-ÁRVORE.

Esse efeito incomum é obtido por um método de preparo que exige trabalho intensivo. Uma fina camada de massa é pincelada em torno de um espeto e assada até ficar dourada.

"Em outros tempos, isso seria feito sobre fogo a lenha, mas nos dias de hoje acontece sobre uma grelha".






Outra camada da massa é colocada sobre o bolo e cozida. O processo é repetido entre 10 a 20 camadas de massa, até o bolo todo ser criado. Em ocasiões especiais , os cozinheiros preparam bolos muito grandes que pesam em torno de 45 kg. O bolo-árvore finalizado costuma ser coberto com açúcar ou glaçê de chocolate.







Em Luxemburg, onde é conhecido como BAAMKUCH, tornou-se um prato tradicional em ocasiões especiais, em particular, as cerimônias de casamento. Outras variações incluem o polonês SEKACZ, com protuberâncias parecidas com dedos que fazem o bolo parecer uma espécie de estalactite.







O cozimento lento e prolongado do bolo-árvore, junto com as nozes moídas usadas na massa, lhe imprime um gosto e uma textura muito particulares, é um bom acompanhamento para o café da tarde.



Já pensou se essa moda pegasse no Brasil?
E encontrassemos essas churrasqueiras de bolo na rua para vender??? Seria simplesmente o máximo, não é mesmo?!.


                                                                                Bom proveito

QUER SABER A RECEITA DESTE BOLO COM UM JEITINHO BRASILEIRO?, ENTRE NO BLOG DA MARISA ONO.
http://marisaono.com/

terça-feira, 28 de setembro de 2010

CACHAÇA - BENÇÃO OU MALDIÇÃO?

Você algum dia já foi passear pelo centro da cidade durante o final de semana?


Ah! mas precisamente na Praça XV? Aquela região é linda, parece com algumas ruas de Paris.


Vários restaurantes com mesas e cadeiras na calçada em frente lembrando muito os Bistrôs de Paris, vale a pena uma visita!

Fui convidado para uma degustação de cachaça no restaurante Casarão 1881, nossa, muito difícil! logo eu, homem de família, um rapaz de boa estirpe, um homem dedicado às obras do senhor... ah vai! Vou para ver se salvo alguma alma.


Chegando ao Casarão fui recebido pelo Édson, nossa! este cara foi meu primeiro contato aqui no Rio de Janeiro depois de ter vindo de São Paulo. Eu nem sabia que ele estava neste restaurante. muito bom te reencontrar Édson.

Produtores de várias regiões do estado do Rio se encontraram para falar sobre esta bebida tão brasileira.





É claro que rolaram alguns petisquinhos, pois ninguém é de ferro. Oras bolas!








Origem da Cachaça

Antigamente, no Brasil, para se ter melado os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo. Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse.


Um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou! O que fazer agora?! A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor. No dia seguinte, encontraram o melado azedo (fermentado). Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo. Resultado: o "azedo" do melado antigo era álcool que aos poucos foi evaporando, formando, no teto do engenho, umas goteiras que pingavam constantemente.


Era a cachaça já formada que pingava, por isso o nome "PINGA". As gotas, quando batiam nas suas costas marcadas com as chibatadas, ardiam muito, por isso o nome "AGUARDENTE". Caindo em seus rosto se escorrendo até a boca, os escravos viram que a tal goteira dava um barato, e passaram a repetir o processo constantemente. Hoje, como todos sabem, a pinga é símbolo nacional!






Do texto depreendemos que a escravidão teve seu lado positivo, economicamente.


Não fossem os senhores de engenho e o descuido dos escravos, não haveria tanto comerciante ganhando dinheiro com a venda da Pinga.


Agora, toda vez que você ingerir um gole de Pinga, lembre que alguém suou muito para descobrir a Aguardente que lhe ardia nos lombos cortados das chibatadas.



Até a foto ficou torta.

Valorize quem descobriu a bebida, mas beba com moderação! Não faça como esta pessoa aí ao lado que me proibiu de falar o nome, mas estou coçando pra colocar o nome na roda.







Já sabemos que vinho harmoniza uma bela refeição e a cerveja também. E a cachaça harmoniza alguma refeição???


Será ???  Você já ouviu falar de Cachaçogastronomia? Nem eu mais saiba que existe tá !!!! Mô fio....





Cachaçogastronomia é a arte de combinar cachaças e comidas


- Como assim ????? Perguntei!
- E o Jairo Martins, de São Paulo, me respondeu:
- Eita menino bom (hic! hic! Já estou falando um pouquinho torto)


Embora o tema “Harmonização Cachaça e Comida” ainda seja praticamente desconhecido, “Cachacistas” (da cachaça) e Chefs têm obtido excelentes resultados com riquíssimas e inesquecíveis experiências “cachaçogastronômicas”.


É visível como, nos últimos cinco anos, o interesse pela apreciação da cachaça, na sua forma pura, vem crescendo entre os brasileiros e também no exterior. Tem sido cada vez mais comum encontrar em restaurantes, bares e cachaçarias, elaboradas cartas de cachaças que, além de apresentar uma variada oferta, dentre as cerca de 3.000 marcas ativas e disponíveis, ainda procura descrever os principais atributos de cada cachaça.


Por outro lado, a cozinha brasileira, que é o resultado da miscigenações das culturas indígena, africana e portuguesa, acrescidas, ao longo do tempo de outras influências européias, além de latinas e asiáticas, vem apresentando constante inovação o que a torna uma das mais ricas e apreciadas do mundo.


Diante desses dois universos, de elevada complexidade de cores, sabores e aromas, a tarefa de harmonizar Cachaça e Comida não é nada trivial. Embora se saiba que não há casamento perfeito, combinação única ou mesmo regras fixas, é importante observar as características de uma cachaça e os ingredientes de um prato, para que a comida enalteça as qualidades da bebida, que por sua vez deixa o prato mais saboroso.


O objetivo da “Cachaçogastronomia”, ou seja, da “Harmonização Cachaça-Comida”, não é estabelecer regras e diretrizes inflexíveis e cartesianas, mas sim definir alguns princípios de combinações de sabores e atributos para que sejam exploradas, ao máximo, as possibilidades de apreciação da bebida e das iguarias, potencializando os valores de cada um. No final, o que se busca é que o par Cachaça-Comida, por meio de equilíbrio, harmonia e realce, proporcione, antes de tudo, prazer. O equilíbrio refere-se ao peso da comida versus o corpo da bebida, a harmonia trata das sensações na comida versus as sensações na bebida e o realce está relacionado com a melhoria simultânea do gosto da comida e da bebida.


Antes de se estabelecer algumas regras é importante notar que cada prato e cada cachaça se destaca por seus sabores básicos, seus componentes e suas texturas, que são percebidos e identificados pela língua, faringe e palato, e que a harmonização pode se dar pela semelhança de atributos, por contrastes ou ainda por certas afinidades tradicionais já consagradas.


As comidas são encontradas, na prática, sob a forma de produtos alimentícios. Devidamente preparados, eles formam pratos, que devem ser apetitosos, digeríveis, nutritivos e capazes de saciar a fome. Com relação ao seu peso, os pratos podem ser leves, de médio peso ou pesados. As sensações despertadas pelos pratos são o nível do sabor, a condimentação, a gordurosidade, a suculência e a untuosidade.


As cachaças, por sua vez, são uma solução de álcool etílico em água, contendo outras substâncias, como ácidos, ésteres, taninos e outros congêneres, que lhes dão cor, aroma, gostos e sensações táteis. Com relação ao peso, as cachaças podem ser leves, de bom corpo ou encorpadas. As sensações percebidas nas cachaças, que estão relacionadas com o processo produtivo, de envelhecimento e de serviço, são: a intensidade olfativa, a maciez, a calidez, a acidez, a adstringência e a temperatura.


Conhecendo-se portanto, de certa forma, os atributos da comida e da cachaça, pretende-se atingir uma situação de harmonia quando as estruturas se equilibram, as sensações se ajustam e os dois se realçam mutuamente: o prato enriquece a cachaça, cobrindo carências aromáticas e gustativas, e os atributos sensoriais da cachaça exaltam as qualidades da comida. Quando esta situação se concretiza, o prazer gustativo será máximo, caracterizando que o conjunto Cachaça-Comida está harmonizado.


Em meio de tantas variáveis, pode-se arriscar a estabelecer algumas poucas regras que garantam que a cachaça e a comida tenham as suas virtudes mutuamente realçadas. Antes porém de descrever as regras, é importante quebrar o paradigma de que a cachaça só deve ser tomada como aperitivo, para abrir o apetite: “a cachaça, apesar de ter teor alcoólico que varia de 38% a 48% Vol., pode acompanhar todo o curso de uma refeição, desde o aperitivo, passando pelas entradas, primeiro prato, prato principal e sobremesa, até o digestivo, com café ou chás”.


A primeira regra refere-se ao EQUILÍBRIO, ou seja, Peso da Comida versus Corpo da Bebida: uma comida leve pede uma cachaça leve, com baixo teor alcoólico, e uma comida pesada exige uma cachaça encorpada, de elevado teor alcoólico. O serviço será sempre do prato mais leve para o pesado e da cachaça mais leve para a mais encorpada.


A segunda regra trata da HARMONIA, ou seja, da afinidade das sensações: os níveis de sabor da comida harmonizam com a maciez e doçura da cachaça; comidas condimentadas requerem cachaças aromáticas; pratos gordurosos exigem cachaças mais ácidas; comidas suculentas pedem cachaças adstringentes, com perceptíveis notas de madeira; pratos untuosos requerem cachaças encorpadas.


A terceira regra refere-se ao REALCE, ou seja, às sinergias das sensações que respeitam combinações conceituais, clássicas, naturais, regionais, sazonais e experimentais. Vale a pena salientar que as harmonizações clássicas regionais, frutos de anos de experimentações, são combinações consagradas que não podem ser desprezadas.


Aplicando-se as regras acima descritas, pode-se estabelecer, para o curso de uma refeição completa, a seguinte sequência orientativa:


Aperitivos:


Caldinhos, ostras ao limão, canapés de salmão e torresmo frito harmonizam com cachaça branca, leve, ligeiramente ácida e resfriada. Caipirinha ou batidas de frutas poderão ser servidas nessa fase da refeição.


Entradas:

  • Saladas, vinagrete de frutos do mar, consomes e sopas combinam com cachaças brancas, de médio corpo e com média acidez, levemente resfriadas.

Primeiro prato:

  • Peixe, camarão, lagostas, risotos, bacalhau e aves harmonizam com cachaças brancas mais encorpadas e de baixa acidez, servidas na temperatura ambiente.

Prato principal:

  • Carnes vermelhas, caças de pena, caças de pelo, assados, caldeiradas, cozido e feijoada combinam com cachaças envelhecidas, aromáticas, tânicas e de corpo leve, servidas na temperatura ambiente.

Sobremesas:


  • Doces, bolos, tortas, sorvetes, salada de frutas, queijos e frutas harmonizam com cachaças envelhecidas, frutadas e de médio corpo, servidas na temperatura ambiente.

Digestivos:


  • Café, chás e charutos combinam com cachaças encorpadas, envelhecidas pelo menos três anos em madeira que lhes confere fortes notas de especiarias e riqueza de aromas. Licores de cachaça poderão ser servidos.


Esta alma tava que tava!
Assim, servir cachaças adequadas a um cardápio faz parte da arte da mesa, não sendo algo meramente intuitivo. A técnica da harmonização consiste, portanto, no estabelecimento de uma sequência criteriosa, dentro de um processo dinâmico, em que cada dupla cachaça-comida é influenciada pela anterior e influencia a seguinte, de tal forma que estejam sempre em harmonia, para que, o ritual à mesa proporcione prazer infinito enquanto dure.


Saúde e bom apetite!

- Nossa ele fala bunitinho (hic!, hic!, hic!- muito bêbado.)

Só para terminar preste atenção neste texto Folclórico.



Jesus Cristo passava por uma estrada e, debaixo de sol forte, morria de fome e de sede. De repente, avistou um canavial.
Então, sentou-se numa sombra entre as folhas, refrescou-se do calor, descansou, chupou uns gomos e matou a fome.
Ao sair, abençoou as canas, prometendo que delas o homem havia de tirar um alimento bom e doce.
No outro dia, na mesma hora, o diabo saiu do fogo do inferno, com os chifres e o rabo queimados.
Galopando pela estrada, foi dar no mesmo canavial.
Mas, desta vez, as canas soltaram pelos e o caldo estava azedo, e queimou-lhe a garganta.
O diabo, furioso, prometeu que da cana o homem tiraria uma bebida tão ardente como as caldeiras do inferno.
É por isso que da cana se tira o açúcar, bênção de Nosso Senhor, e a cachaça, maldição do diabo.

Gostaram????? pois eu ADOOOOOROOOOOO.....

















segunda-feira, 27 de setembro de 2010

PROMOÇÃO - QUEM QUER IR A UM RESTAURANTE NO RIO DE JANEIRO


RESTAURANTE HOLLANDAISE

Bom! Como prometido no "Post da Promoção", escolhi o primeiro restaurante por causa da amizade que tenho com este chefe e está numa nova empreitada. Abriu seu primeiro restaurante aqui no Rio de Janeiro Chamado Hollandaise.



Conheço este chefe há pelo menos 3 anos. Seu trabalho é impecável, sua competência também pode ser conferida no restaurante FRONTEIRA. Ele é holandês de nascença, mas nunca vi um holandês mais carioca. Já trabalhamos juntos num evento que realizo todo ano para a Ong "Mãos Solidárias" e que foi um sucesso, é claro que a participação dele foi imprescendível.






Acabamos nos apaixonando (Sem gracinhas tá, os brutos também amam!) e de vez em quando dá tempo de nos encontramos para um bate-papo, falar de gastronomia, ver um bom jogo de futebol (Ele, porque eu fico só na cervejinha!).



 Por isso esta promoção começa com  este Chefe.



Agora vocês terão que ADIVINHAR o nome do chefe e postar um belo comentário

 
- Por que eu quero ir ao restaurante HOLLANDAISE?

ATENÇÃO! Lembrem-se só vale para os seguidores, se você não é ainda dá tempo, o que está esperando!?






 Confira as dicas do novíssimo restaurante, inaugurado na Barra da Tijuca pelo chefe.....




O Restaurante
O ambiente é super agradável, moderno e contemporâneo. Composto por um salão e a varanda com  mais ou menos 150 lugares de frente para a praia da Barra (Antigo Subway, lembram?). Mesas grandes e lounges espalhados pelo espaço. Piso de azulejo nas cores preto e branco com os ladrilhos da mesma cor, paredes decoradas com fotos antigas da família do chefe e objetos vintage (Fiquei triste por não ter uma foto minha, que saco!!). Como diria o Plínio Peloso, maquiador da Ana -  Um Luxo.



End. Av Lúcio Costa, 5750 – Barra da Tijuca / Tel.: (21) 2492-0061


http://www.hollandaise.com.br/





O cardápio

  
Petiscos, pratos tradicionais, sanduíches, sopas, pizza a lenha e sobremesas….  e que pizza! vou contar um segredinho dele, vocês sabem que ele tem um ingrediente secreto?

hummmm!!!!!! vai lá e descubra eu não vou contar não!








O Sorteio será no dia 08 de outubro de 2010 e o comentário vencedor será publicado neste blog no dia seguinte.

Sejam criativos e me falem por que o chefe deve escolher o seu comentário.

Que vença o melhor

Atenção! Vou falar bem baixinho, sou subornável e quem quiser me comprar com uma cervejinha, eu posso influenciar o chefe a escolher seu voto. (rsrsrsrs)
















CARURU DE COSME E DAMIÃO

ATENÇÃO - Não esqueçam de ler a promoção do "post"- PROMOÇÃO  - QUEM QUER GANHAR UM ALMOÇO OU JANTAR NO RIO DE JANEIRO?

Hoje é aniversário da minha mãe é uma data muito especial pois lembra muito a minha infância.



Hoje também é dia de “Cosme e Damião”,



Quem nunca correu atrás de doces na rua???



Nossa, lembro as filas enormes nais quais eu e minhas irmãs ficávamos para ganhar saquinhos de doces, depois guardávamos tudo em latas pela semana inteira, poxa!!! que tempo feliz..



Essas crianças de hoje não sabem o que é isso. E independe de cultura ou religião, pois quando somos pequenos não ligamos para isto, apenas queremos ser felizes.








Correr, brincar... se divertir..
Existia até competição para ver quem conseguia mais saquinhos de doces !!!!! muito bom!








"São Cosme e São Damião são santos católicos com grande receptividade entre as camadas afro-brasileiras do Recôncavo baiano. Seus nomes de batismo são Acta e Passio, nascidos na Arábia do século III, de família nobre e cristã. Os irmãos gêmeos estudaram medicina na Síria e exerciam a profissão gratuitamente. Acusados de feitiçaria, por realizarem milagres, foram jogados de um despenhadeiro – Assim conta a história. Em outras versões ouve-se que tentaram matá-los de várias formas, mas não conseguiram. Por fim foram degolados. Entre seus milagres estão a cura e a materialização (após a morte) para ajudar crianças vítimas de violência."
Grande também é o número de lares baianos que festejam o grande dia dedicado aos dois mártires da Igreja. Tão populares como São João, como Santo Antônio, os dois santos têm a sua festa comemorada sobretudo com um grande almoço, o caruru dos santos
Nas proximidades do dia 27 de setembro, é comum encontrar, pelas ruas da Bahia, crianças, adultos, a espera de um prato de caruru, aliás, na Bahia, não se diz São Cosme e São Damião e sim São Cosme e Damião. A dupla imagem de madeira ou uma simples gravura emoldurada é exposta numa caixa enfeitada em papel de seda colorido, envolta em fitas e cheia de flores, rosas ou flores de laranjeira, muitas vezes para o caruru dos santos. Não se pode comemorar santos tão populares nos lares baianos sem que se peça esmola para a missa.


Os devotos de São Cosme e Damião costumam “dar Caruru de Cosminho” em suas casas durante o mês de setembro e principalmente no seu dia 27 de setembro. A festa já começa durante os preparativos e mexe com todo o comércio de feiras em Salvador, quando se tem uma procura maior dos ingredientes para a grande festa e quando a família se reúne para cortar os quiabos em forma de cruz e depois em extreitas rodelas, preparar os temperos, torrar e triturar o amendoim e a castanha, temperar a galinha e fazer os seus pedidos também. A quantidade de quiabo do caruru, geralmente chega aos milhares, a depender da promessa, devem ser cortados por quem está oferecendo, mas vale a ajuda de participantes voluntários que também fazem a sua reza e pedidos aos santos gêmeos.


Vale tudo para se fartar de uma prato de caruru: pode-se ir às ruas, sem a menor cerimônia, e esperar que pessoas simplesmente ofereçam as quentinhas do farto prato ou pode-se ir até a casa de familiares e amigos durante o período do mês de setembro para prestigiar os santos e saborear as iguarias afro-baianas.


No candomblé Cosme e Damião são filhos gêmeos de Xangô e Iansã. Os santos gêmeos possuem muitos simpatizantes e devotos, estes que todo ano fazem caruru para eles, chamado também de “Caruru dos Santos” e “Caruru dos sete meninos” que representam os sete irmãos (Cosme, Damião, Dou, Alabá, Crispim, Crispiniano e Talabi) cita em seu livro “Cosme e Damião, O culto dos santos gêmeos no Brasil e na África” por Vivaldo da Costa Lima.

Em casa em que haja gêmeos: ou que os santos tenham evitado partos gêmeos. Ou que promovam a festa como tradição de família. Nenhum dia melhor para se saborear um grande almoço da cozinha baiana do que o 27 de setembro.

Em casa onde existam Cosme e Damião, não entra epidemia, porque eles foram sempre considerados advogados contra “feitiços, bruxarias, mau olhado e espinhela caída”. Isso quanto às origens européias da devoção. No que se refere ao ramo africano, sabe-se que foram os nagôs que nos trouxeram os seus gêmos, Ibeji, transformados numa das maiores tradições vivas das populações baianas, especialmente. Nas casas de famílias católicas, suas imagens são comumente encontradas, em oratórios, pequenos altares ou simples prateleiras reservadas. No seu dia, estes pequenos altares tem desde de simples velas acesas, a oferendas como mel, caruru, balas e farofas de azeite. É comum também, distribuir pequenos saquinhos recheados de doces, balas e brinquedos as crianças nas ruas das cidades brasileiras.

De origem Africana, a comida baiana se revela na festa de São Cosme e São Damião

Manjar de Cosminho, não é mãe?
Os primeiros a serem servidos são os donos da festa: São Cosme e São Damião. As oferendas são precisamente colocadas no altar decorado para a ocasião Procedida a cerimônia, chamam-se os sete meninos, especialmente convidados para iniciar a comilança. A tradição manda que se prepare uma roda de sete meninos. Geralmente é colocada uma toalha de mesa no chão e as crianças se sentam ao redor. Eles geralmente sentam-se no chão e comem em pequenos pratinhos de barro, ou em um único grande prato como uma bacia. Não usam talheres, usam as mãos. Mas algumas mudanças já ocorrem em torno da tradição do Caruru de cosminho como misturar meninos e meninas, comer com talheres; ao final eles levantam-se e juntos cantam a música de Cosminho juntos com os outros convidados da festa.

"São Cosme mandou fazer
A sua camisa azul
No dia da festa dele
São Cosme quer Caruru
Vadeia Cosme, vadeia!
Vadeia Cosme, vadeia!”

“Cosme e Damião
Vêm comer teu Caruru
Que é de todo ano
Fazer Caruru pra tu
Vem cá, vem cá, Dois-dois
Vem cá, vem cá, Dois-dois

Mercado Modelo
Os apreciadores da festa e do farto prato típico têm lugar certo para comê-lo gratuitamente no seu grande dia de festejo: Caruru dos Sete Poetas, Mercado das Sete Portas, Instituto de Artesanato Mauá, Mercado de Santa Bárbara, Mercado Modelo.



Padroeiro dos farmacêuticos, médicos, babeiros e cabeleireiros, São Cosme e Damião protege as crianças, os orfanatos, creches, as doceiras, filhos em casa, além de proteger contra doenças como a hérnia e a peste. Os emblemas dos santos são caixa com ungüentos, frasco de remédios, folha de palmeira.



Por que sete meninos são convidados de honra para o almoço de Cosme e Damião?



Havia sete irmãos: Cosme, Damião, Doú, Alabá, Crispim, Crispiniano e Talabi, todos mabaças, e é por isso que se torna necessário dar o caruru em honra de sete meninos, especialmente convidados.



Mas se os festejos são profanos, como os famosos carurus, por que saem das igrejas católicas procissões dos dois mártires, como a da Lapa à Soledade? Nos terreiros dos candomblés se realizam durante todo o dia cerimônias e as mesmas comidas também são esmeradas para que Ibeji sinta, para sua maior glória, a fé dos seus devotos.



Um mês depois, no dia 25 de outubro, as cerimônias se repetem, embora com menos intensidade: comemora-se a festa de São Crispim e Crispiniano, também mabaças e confundidos na crendice popular com Cosme e Damião, cujas imagenzinhas com sua palma, sua pena e seu livro, estão em quase todos os lares da Bahia, de negros ou de brancos, de pobres ou de ricos, que tenham coração para crer, com sua fé inabalável, nos grandes protetores da saúde da raça humana.



VIVA SÃO COSME E SÃO DAMIÃO, VIVA !!!!!!!!!
 MINHA MÃE PARABÉNS PELOS SEUS 71 ANINHOS, SEJA FELIZ


CARURU DE COSME E DAMIÃO
Ingredientes
- 1 kg de quiabos cortado bem miúdo

- 3/4 de xícara (chá) de azeite de dendê
- 2 cebolas raladas

- 100 g de camarões secos (alguns

moídos)

- 2 colheres (sopa) de castanhas e amendoins torrados e

moídos

- 1 colher (chá) de gengibre ralada

- água quente ou caldo de peixe que dê para cozinhar

- sal a gosto

- suco de limão



Modo de Preparo

Leve ao fogo uma panela com dendê, cebolas e camarões.

Frite, por alguns minutos e agregue os demais
ingredientes; sendo que o suco do limão entra no final

aos poucos que é para cortar a baba do quiabo. Misture
de vez em quando, para não pegar no fundo da panela.



Caso fique muito grosso, dilua-o em um pouco de

líquido. Para saber se ficou cozido, observe a

coloração das sementes dos quiabos que deve ficar

lilás.




domingo, 26 de setembro de 2010

PROMOÇÃO - QUEM QUER IR A UM RESTAURANTE NO RIO DE JANEIRO?

Meu sonho de consumo

Hoje  é domingo..... e assim como eu, muitos não querem saber de fogão nos fins de semana, concordam? Pois é, vocês acham isso, mas a dignissima, amada, idolatrada, salve e salve esposa exige que eu cozinhe, por isso que gosto de viajar nos finais de semana, me ajudem por favor!!!!!!!!!!





Fiquei pensando no que fazer para ajudá-los a sair do marasmo deste domingão, confesso que estava no banheiro (que horror!!!, ué!!! ninguém faz isto não!? ô horinha boa pra raciocinar!) e resolvi fazer uma promoção e como seria esta promoção? ahaaaaaaaa, então pensei :





- Por que este blog não sorteia alguns almoços ou jantares nos restaurantes que frequenta?
- Por que vocês simples mortais não podem acompanhar este blog em algumas destas maratonas?






Como sou um chefe bonzinho (A Valéria que o diga! )  este blog vai sortear por quinzena um almoço ou jantar. A PRINCÍPIO  para o pessoal aqui do Rio de Janeiro, depois quem sabe, dependendo de quem me seguir neste blog eu consiga estender para os outros estados.



-  E a pergunta que não quer calar é: Como funcionará esta promoção?

É simples. A  cada 15 dias  este blog indicará um restaurante da Cidade do Rio de Janeiro. Depois fará os comentarios sobre o restaurante indicado e VOCÊS LEITORES terão que enviar comentários criativos sobre o "post".

O ganhador será sorteado pelo próprio restaurante   que escolherá o comentário mais criativos entre os seguidores deste bloge, o prêmio será  UM  e APENAS UM  almoço ou Jantar, que incluirá um acompanhante (mas sem bebidas, olhem a lei seca hein!!!).
Em seguida vocês verão o nome do ganhador aqui, e este blog entrará em contato para entregar o voucher. Agora se vocês quiserem me convidar!? Eu aceito o convite, é claro!


Criatividade

Então a criatividade tem que estar em alta, mas não pensem que é tão mole assim, lembrem-se, só valerão os comentários dos seguidores deste blog (pensaram que era mamar na teta da vaca?). Então minha gente levantem da cadeira e comecem a mover os traseiros, melhor, sentem na cadeira e comecem a mexer os dedos para divulgar este blog convidando as pessoas a me seguirem  e a postarem seus comentário, que vença o melhor!



 

Ah! Pessoal dos outros estados, não fiquem tristes! Tragam blogueiros para este blog, assim talvez eu consiga estender esta mesma promoção ao estado de vocês.
Agora se vocês quiserem vir ao Rio de Janeiro por conta própria, a promoção também valerá. Então mãos à obra,  juntem-se e espalhem a notícia.


Participem, vamos juntos aprimorar nossos conhecimentos sobre o que a Gastronomia do Rio tem a nos oferecer.

COMEÇA AMANHÃ, DIA 27 DE SETEMBRO DIA DE COSME E DAMIÃO.
AMANHÃ POSTAREI  O RESTAURANTE DESTA QUINZENA.

MARATONA EM COPACABANA - CAPITULO II - O ÍNDIO

Continuando a maratona pelo polo Lido em Copacabana, saí do restaurante Amir muito satisfeito com o que vi  e principalmente com Chefe. Caminhos pelas calçadas de Copacabana em direção ao nosso próximo restaurante a Churrascaria Palace.


http://www.churracariapalace.com.br/
 "Churrascaria Palace é o endereço mais tradicional da categoria, inaugurado há 58 anos ao lado do Hotel Copacabana Palace, o que explica o grande número de turistas que procuram a casa. Segue a fórmula-padrão dos rodízios: carnes assadas em espeto, bufê com saladas, pratos de peixes e frutos do mar, acompanhamentos quentes pedidos na mesa. São 25 opções de cortes como a exemplar picanha borboleta e a costeleta de cordeiro acompanhada de geleia de hortelã."

Este não é o nosso Índio!
Chegando lá, de cara, fomos recebidos pelo Índio ( Índio?????, num tá estranho???), pois é,  foi ele mesmo que nos recebeu. Engraçado esta história de assimilar o nome com a pessoa, pois quando a Carla me falou que eu conheceria o Índio, na minha cabeça veio a figura de um Índio de verdade (meio bobice, né?), mas para grande surpresa o "Índio" simplesmente era o máximo.






Este é o nosso Índio
Sabe aquele cara que ama o que faz!? e é não por que estava na minha presença (pois é, até parece que sou gente) mas prestei atenção nele, ia a todas as mesas e tratava todos os clientes com a mesma atenção e alegria. E como sou fuçador perguntei a alguns clientes assíduos que confirmaram as minhas impressões quanto ao tratamento carinhoso e dedicado que  sempre lhes é dispensado pelo Índio (ei-lho aqui na foto ao lado!). Bom, depois de conhecer essa figuraça, vamos ao que interessa; comeeerrrr!!!!


"Não existe referência exata sobre a origem do churrasco, mas presume-se que a partir do domínio do fogo na pré-história, o homem passou a assar a carne de caça quando percebeu que o processo a deixava mais macia. Com o tempo as técnicas foram aperfeiçoadas, principalmente entre os caçadores e criadores de gado, dependendo sempre do tipo de carne e lenha disponíveis."



Em todas as churrascarias o curioso é: Se vou lá pra comer Carne, por que tem de ter sushi, peixe e outros tipos de preparações que tiram a atenção do item principal, a carne!?. Mas senhoras e senhores, e senhoritas também que estão lendo este blog, existe uma explicação para tal fenômeno e a culpa é das mulheres, simmm das MULHERES! Já dizia a lenda que as mulheres não queriam acompanhar os seus homens a este tipo de estabelecimento, pois como era e ainda é estilo rodízio, elas não conseguiam comer muito, dando um certo prejuízo ao bolso dos homens (ah tá! grande coisa! minha mulher me dá prejuízo em muitas outras coisas, até hoje!) e é por causa das famosas e costumeiras dietas delas, que vemos o desfile de outros pratos sui generis numa churrascaria.

Simulação (imaginem esta cena tá!)

Domingão, o marido chegou do futebol e sua senhora fazendo as unhas na sala.



- Mulher, vamos à churrascaria Palace comer carneeee?
- Na churrascariaaaaa?????? (bem afetada!) e a minha dieta?????
 O marido faz aquela cara e faz outra pergunta:
- E então o que vamos almoçar???
A mulher responde:
- Vamos na casa da mamãe comer uma saladinha e um peito de frango grelhado!!!!

Pena que eu não posso fazer isto com minha sogra!



Aí eu te pergunto: Quem é que quer almoçar na casa da sogra no final de semana???? Tudo bem sei que o nosso silêncio é a nossa resposta! Mas não é pra xingar esta filha da @&%*#¨¨§, hein?!











Foi daí que as churrascarias para atrairem a atenção das mulheres começaram a diversificar seus produtos, incluindo no seu cardápio comida japonesa, muito mato, diversos tipos de mato (Nossa!!!!! a Nina, coelha da minha filha ia fazer a festa!). Aí eu te pergunto:  Está errado?? Claro que não, o mercado precisa sobreviver e foi uma boa solução para que esta cultura não acabasse.



"Na América do Sul a primeira grande área de criação de gado foi o pampa, extensa região de pastagem natural que compreende parte do território do estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, além da Argentina e Uruguai. Foi ali que os vaqueiros, conhecidos como gaúchos, tornaram o prato famoso e típico."

Ih Caramba! deixa eu voltar para o Índio.

O Índio é o que chamamos de multiuso pois ele é churrasqueiro, atendente e costeleiro.

Costeleiro?  Existe esta profissão?  Pois é, achei um costeleiro.

Costela do Índio! Não dá água na boca?
Costeleiro é o individuo que apenas prepara a costela, e minha gente não é uma simples costela é a COSTELA. Pra começar o tempero dele é muito bom, eu não vou dar a receita aqui, porque eu gostaria que ele fizesse isso no programa (acompanhem o programa) e como respeito muito meu trabalho, primeiro lá, depois aqui.  Depois  ele tira até 6 cortes diferentes na peça de costela,  fazendo-nos descobrir sabores diferentes numa única peça (e olha que nem sou chegado a costela hein!). Olha que a maneira dessa figura "vender o seu peixe" é que faz a diferença.





- Ah! ainda vinham os passadores de churrasco, vocês acham que eu dei conta? Claro que dei, afinal sou profissional. (rsrsrs)






"A carne assada era a refeição mais fácil de se preparar quando se passava dias fora de casa, bastando uma estaca de madeira, uma faca afiada, um bom fogo e sal grosso, ingrediente abundante que é utilizado como complemento alimentar do gado."


"A partir dali o costume cruzou as regiões e se tornou um prato nacional, multiplicando-se as formas de preparo, o que gera entre os adeptos muita discussão sobre o verdadeiro churrasco, como por exemplo a utilização de lenha ou carvão, de espeto ou grelha, temperado ou não, com sal grosso ou refinado, de gado, suíno, aves ou frutos do mar."


"O correto é afirmar que não existe fórmula exata, uma vez que cada região desenvolveu um tipo diferente de carne assada, mas, sem dúvidas, a imagem mais famosa no Brasil é o churrasco preparado pelos gaúchos, expressão que virou nome do cidadão nascido no estado do Rio Grande do Sul."

 
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