quarta-feira, 29 de junho de 2011

NOSSA PANELA ENTREVISTA - DRºCOSTELA - CHEF CELSO FRIZON


Tem coisa melhor na vida do que fazer amigos??? peraí... deixa de ser malicioso(a), tá certo fazer aquilo também é bom. Mas vamos deixar de rapapé que o negócio aqui é entrevistar e conversei com o meu novo amigo de infância do DRº Costela, simmmmmm, Drº Costela, por quê???? Oras bolas o homem ganha a vida assando costela, o que mais eu poderia chama-lo??? ah tá... ( a patroa está dando uma bronca, tá , tá parei....) então meu caro leitor o meu entrevistado de hoje é o Chef Celso Frizon do Rancho do Vinho de São Paulo( tá bom assim , patroa??). 


Drº Costela - Celso Frizon
O tema desta entrevista é sobre empreendedorismo e motivação profissional e nestes itens o Drº Costela  não deixa a desejar de maneira alguma.
Quem já não teve altos e baixos  na profissão ou na vida pessoal? agora saber dar a volta por cima não é pra qualquer um não.


Conheço a história deste homem já faz um ano e sempre venho falando do seu empreendedorismo e da maneira de como ele venceu na vida, afinal o que é bom é pra ser falado, não é mesmo?.


Celso Frizon nasceu comerciante e resolveu vender vinho na beira de estrada,mas precisamente na Rodovia Regis Bittencourt em Itapecirica da Serra, mas num belo dia resolveu preparar uma costela assada para alimentar a familia.


Quis o destino que seus fregueses experimentasse aquela costela e daí foi um pedido atrás do outro e Celso enxergou naquele momento uma nova oportunidade de aumentar a renda da familia. Acredito eu, que nem ele sabia que seria este grande sucesso, passado mais de 15 anos o Rancho do Vinho cresceu e tem um novo fruto só que agora na capital Paulistana e por que não dividir esta experiência com você. 


Deu água na boca???
Aprenda a não abaixar a cabeça para as dificuldades da vida e nem para os tropeços,esta foi uma grande lição que aprendi com o chef. Confira a entrevista que o Celso nos oferece. 


AHH!!!! morram de inveja eu fui lá e degustei os 7 tipos de Costela que o chef prepara e ainda de quebra tomei uma cachacinha e olha que nem precisei acertar as charadinhas que o chef faz no facebook. Rssssss. 

1 – O que vem a ser empreendedorismo e quando se viu um empreendedor?



Acredito que tenha nascido empreendedor. O desafio da conquista sempre me chamou a atenção. Está aí a grande essência do empreendedorismo e do profissional que nasceu para desenvolver novos projetos continuamente. Mesmo com dois restaurantes em completa atividade, não consigo parar de pensar em construir negócios em minha cabeça. Tenho uma compulsão para o marketing do negócio, desde sua concepção até o seu crescimento dia após dia. Não paro nunca. Não penso em parar nunca de empreender. Algumas ideias ficam apenas no pensamento, seja por falta de tempo, seja por falta de verba... Mas elas estão guardadas comigo. Amanhã podem nascer exatamente da maneira que formatei, ou até renascer de outra forma, mas sempre se respeitando a ideia inicial, a base do que imaginei criar. Empreendedorismo é a capacidade que o ser humano tem de criar e realizar a partir de seus desejos e das necessidades de um mercado específico. Empreendedor é aquele que não se prende a regras, convenções, preconceitos, tabus. Porque ele trabalha com inovação e nem sempre ela se baseia em conceitos preestabelecidos. Mas o bom empreendedor sabe como gerir o seu negócio e quando deve continuar ou parar para amadurecer uma grande ideia.

Tudo nasceu aqui
2 – O sucesso de um restaurante está atrelado a só uma boa comida?

Não, de maneira alguma. Claro que boa comida é um dos grandes fatores, aliás, é o mínimo que se espera de um restaurante. Precisa estar atrelado a outros fatores tão fundamentais quanto o sabor e o aroma do prato. O ambiente, por exemplo, é muito importante e, quando se fala neste quesito, isso abrange higiene, limpeza, decoração. Mas uns dos mais fundamentais, em minha opinião, são a hospitalidade e o serviço.
Todas as pessoas que saem de suas casas para ir a um restaurante pretendem encontrar boa comida e ambiente agradável, mas necessitam de uma recepção hospitaleira, pois é nesse momento que elas sentem o prazer de terem saído de suas casas. Muitos lugares oferecem boa comida, mas são frios no atendimento e na receptividade. O que encanta de verdade é ser bem recebido e quando for pelos proprietários melhor ainda.

3 – Com quem aprendeu a cozinhar?

Sempre fui muito atento ao que estava acontecendo na cozinha. Em uma família de italianos, essa é a parte da casa em que se concentram as melhores histórias e também se degustam os quitutes mais saborosos. Como sempre fui curioso, estive sempre em volta de minhas avós e também da minha mãe.
Para ser um bom cozinheiro, antes de tudo, é preciso ser um bom garfo. Por ter um empório na beira da estrada, mantenho há anos um relacionamento muito estreito com vários italianos do Mercado Municipal e, com eles, o assunto sempre foi comida. Isso me despertou a curiosidade para a produção de pratos ainda mais criativos e foi dessa forma que enfiei literalmente o umbigo no fogão. Claro que por também ser proprietário de restaurante, o aprendizado acabou sendo facilitado. Aos poucos aprendi a criar pratos ainda mais elaborados e apetitosos. Mas a minha especialidade é carne! Costela é a base da minha culinária. Partindo do princípio de que comecei com churrasco, pode-se dizer que de fato aprendi a cozinhar em casa mesmo, com o meu pai. Ele fazia um matambre surrado como ninguém! A Costela, então, ele a namorava durante horas antes de colocá-la para assar e, desde pequeno, observei este ritual. Do churrasco, parti para pratos mais elaborados.

4 – A necessidade virou uma oportunidade de negócios?

Horta Pessoal do Celso, metido não??? o menino..
Sim. Comecei vendendo vinhos em garrafões, com um caminhão bem velho, pelas ruas de São Paulo. Até que um dia, na beira da estrada, onde hoje está instalada a Costelaria Rancho do Vinho de Itapecerica da Serra, um casal de japoneses, que sempre parava para comprar bebida comigo, me preparou uma peça. Estava com uma costela na churrasqueira, praticamente pronta para servir à minha família, enquanto vendia um garrafão de vinho para a senhora japonesa. Eis então que surge o marido dela já com a costela enrolada em um papel alumínio e pergunta quanto deveria pagar. Expliquei que era da minha família e não estava à venda. E então, ele respondeu: “Isso é para você aprender que tem de preparar também a que vai vender para o cliente. Quanto custa?”. E foi assim que vendi a minha primeira costela. Na semana seguinte, já estava com dez na churrasqueira e vendi todas. O restante da história os clientes veem estampada nas paredes dos dois restaurantes. Já participamos de capas de muitas revistas, fomos indicados como um dos melhores restaurantes de estrada; o do Morumbi acaba de ganhar como o melhor do bairro etc.

5 – Num mercado tão competitivo, o que fazer para se diferenciar dos concorrentes?

Não parar nunca. Estar sempre criando coisas novas. Diferenciar-se no atendimento, fazendo com que, ainda dentro do seu restaurante, o cliente já programe a próxima volta: “Gostei tanto que vou trazer meu irmão, meu sogro, meus amigos e assim por diante”. Usar de um marketing criativo e sair na frente, estar em evidência. Hoje, por exemplo, temos as redes sociais. É válido criar situações no Facebook, Twitter etc. que despertem o interesse em conhecer a sua casa. Lógico que quando o cliente chegar não pode se decepcionar! É preciso fazer de tudo para que a visita dele realmente valha à pena. Se prometeu uma costela saborosa, em um ambiente agradável, faça a cena que ele criou, quando leu a sua oferta em uma das redes sociais, acontecer da maneira que imaginou...
Entretanto, tudo o que você oferece de diferente ao seu cliente sempre é pouco. Pense sempre em oferecer mais, pois se cair na mesmice, o cliente migra para outros lugares, onde possa encontrar novidades. Se quiser que o cliente fique em sua casa, ofereça atrativos condizentes com os desejos e necessidades dele. Apresente atrações, oportunidades de lazer, pois as pessoas estão carentes de se sentirem bem. Portanto, as novidades não são tão necessárias em seu cardápio como são imprescindíveis na área de atendimento. Se clientela já gosta de sua comida, faça com que outros motivos a traga de volta à sua casa. Às vezes, apenas um sorriso a mais já faz com que o cliente retorne.

6 – Cinco regras básicas para se administrar um restaurante.

1 – Investir em treinamento e motivar a equipe.
2 – Transformar o restaurante em um espelho no que diz respeito à qualidade e segurança alimentar.
3 – Elaborar cardápios sempre adequados ao conceito da casa e às necessidades e aos desejos dos clientes.
4 – Não economizar para se obter um ambiente aconchegante que fale a língua do cliente.
5 – Pesquisar sempre. Não acreditar que está tudo perfeito, pois a perfeição é um processo de conquista ininterrupto, ou seja, é preciso trabalhar com muito afinco, sempre.

7 – Sabemos que a rotatividade de colaboradores é uma constante dentro de um restaurante, o que fazer para fidelizar os colaboradores?

Investir em treinamento. Por isso, há pouco tempo investimos na Costelaria Rancho do Vinho do Morumbi em um treinamento intitulado “A hospitalidade que se serve ao cliente”, ministrado por um dos profissionais que mais entendem do assunto no mercado foodservice, que é o jornalista e consultor Wagner Sturion. Vamos estender o treinamento também para a Costelaria Rancho do Vinho de Itapecerica da Serra. É importante mostrar ao colaborador que há possibilidade de se ter um plano de carreira e de se viver bem trabalhando nesta área. É um segmento em franca ascensão. O colaborador que aproveitar as oportunidades e sair atrás de conhecimento vai se dar muito bem lá na frente. Sempre falo para os meus colaboradores que eles precisam buscar também o aprimoramento profissional. E esse crescimento não se dá só em cursos ou treinamentos. É preciso que ele também tenha interesse e leia mais, frequente mais feiras do setor e procure se inteirar sobre o que acontece em sua área de atuação.

8 – Quais dicas daria para quem quer abrir um restaurante?

Só uma: você vai lidar com o público constantemente, todos os dias da sua vida. Gosta de interagir com as pessoas? Tem satisfação em receber bem? É bem-humorado? Já sabe que enquanto os seus amigos e as pessoas estiverem se divertindo, você estará no trabalho árduo de um restaurante, como em fins de semana e feriados? Então, vamos nessa. Se titubeou para responder a alguma dessas questões, por favor, não perca dinheiro, invista em algo de que realmente gosta. Não tente entrar para o setor achando que “comer todo mundo come”. Há muitas opções na área, a concorrência é acirrada, portanto você vai lutar dia após dia para ser o melhor. E é nessa luta diária que vivemos todos nós restaurateurs.

Filial Morumbi
9 – Se não fosse chefe de cozinha, o que seria?

O comércio para mim está no sangue. Tudo que envolve vendas me atrai. Mas tenho uma paixão nata por marketing. Conduzo pessoalmente todas as ações dos dois restaurantes. Costumo dizer que minha cabeça não para nunca, está sempre fervilhando de ideias.

10 – Quais planos para o futuro?

Tenho um excelente projeto de fast-food na manga da dólmã. Estou apenas aguardando a hora exata para executar o projeto. O futuro a Deus pertence, mas a cada minuto estou planejando para, assim que chegada a hora, fazer bem a minha parte.


Gostou??? se quiser eu te levo lá


Veja os endereços:

RANCHO DO VINHO ITAPECERICA
Rod. Régis Bittencourt, Km 293,5
Itapecerica da Serra - SP
Fone: (11) 4147-1557


RANCHO DO VINHO MORUMBI
Av. Dr. Guilherme Dumont Villares,321
Portal do Morumbi - São Paulo - SP
Fone: (11) 3744-5899


                                                                          até a próxima entrevista....

 
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